Morro de São Paulo: descubra o que fazer, como chegar e melhores praias!
Morro de São Paulo é um dos destinos mais famosos na Bahia. Famosa pelas águas claras e quentes, a região faz parte da Ilha de Tinharé. Apesar de ser conhecida pelas praias baladas, tem atrações para todos os gostos e idades.
Piscinas naturais, arquitetura colonial, ótimos restaurantes e praias sensacionais, descubra agora os encantos de Morro de São Paulo!
Morro de São Paulo: uma opção para todos os gostos
Digamos que a viagem para Morro seja uma viagem de escolhas. Há várias opções de transporte para chegar até lá, infinitas pousadas de vários estilos, passeios para todos os gostos…
E o primeiro passo para planejar sua viagem para Morro de São Paulo é definir quando e como você irá. De maio a agosto a capital baiana, assim como as ilhas próximas, ficam bem chuvosas. É claro que você pode arriscar e curtir lindos dias de sol no inverno baiano, mas se quiser ter certeza indicamos que venham entre setembro e no máximo abril.
A alta estação é entre novembro e janeiro, por isso indico os meses de setembro a novembro, os meus preferidos para viagens! Agora vamos entender melhor como chegar em Morro de São Paulo e já adianto que tem três formas.
Como chegar em Morro de São Paulo
Há três formas de chegar em Morro de São Paulo: a via semi-terrestre, marítima e aérea.
Marítima
Depois da experiência de ir para Boipeba pelo trajeto semi-terrestre não tive dúvidas na hora de escolher o trajeto marítimo. Apesar do preço inicial assustar um pouco, considero que é o melhor custo-benefício. Fui pela Catamarã Biotur, que possui uma equipe excelente que informa todos detalhes da viagem.
Até julho de 2021 só havia um horário de ida disponível, às 09h00 e o de volta às 11h30. Cada trecho estava custando R$ 110,00 e é possível fazer o agendamento e compra direto no site deles. No Instagram eles também fornecem muitas informações sobre a viagem e tiram muitas dúvidas!
O embarque é feito no Terminal Turístico Náutico da Bahia (atrás do Mercado Modelo) e se comprar a passagem com antecedência você não enfrenta filas. A viagem dura cerca de 2h30 e, principalmente nas voltas, pode causar alguns enjoos.
Particularmente, eu não enjoei (tanto kkkk). Eu e Nel fomos com roupas frescas e confortáveis e não comemos comidas pesadas, acredito que ajudou bastante. Vale mencionar que em dias de chuva forte, principalmente no inverno, talvez não seja possível realizar o projeto totalmente pela via marítima.
Com a Biotur eles reorganizam a rota caso o tempo não permita a passagem pelo mar. Entre junho e outubro ainda é possível avistar baleias jubartes que vêm até a região para se reproduzir.
Semi-terrestre
Para quem enjoa muito, essa pode ser uma opção. Após a experiência para chegar em Boipeba, ali pertinho de Morro, achamos essa rota muito demorada e muito favorável a imprevistos. Afinal, você pega 3 transportes diferentes para chegar até Morro.
Primeiro é preciso atravessar até a Ilha de Itaparica utilizando o Ferry Boat que sai do Terminal de São Joaquim. O preço para passageiros a pé é de R$5,10 durante a semana e R$6,70 nos finais de semana e feriados. Já para carros pequenos é de R$45,70 durante a semana e R$64,70 nos finais de semana e feriados.
Depois da viagem de aproximadamente uma hora, você deve pegar um ônibus, ou seguir de carro, para a cidade de Valença. O ônibus custa cerca de R$ 30,00 e o trajeto até Valença demora cerca de 2 horas.
Lá, siga até o terminal marítimo e pegue uma lancha rápida até Morro. A lancha custa entre R$ 25,00 e R$ 35,00 a depender da empresa e o trajeto demora cerca de 40 minutos. De lá também partem lanchas rápidas para outros destinos famosos da região, como Boipeba. É possível também pegar a lancha rápida em outros pontos, como Ponta do Curral ou no atracadouro Bom Jardim.
Lembrando que não é possível entrar em Morro de São Paulo com carros. Então, caso decida atravessar o ferry de carro será necessário deixá-lo em um estacionamento em Valença ou onde decidir pegar a lancha.
Assim, o trajeto semi-terrestre custa, no total, cerca de R$ 80,00. Mas ainda temos um alerta! Se você não possuir o cartão de embarque do Ferry Boat e decidir comprar as passagens na hora em feriados ou vésperas, prepara-se para muita fila!
Quando fomos para Boipeba nós tínhamos comprado antecipadamente a passagem de ônibus de Bom Despacho para Valença tivemos que comprar passagens do ferry com cambista, o que acabou saindo quatro vezes mais caro.
Por isso, recomendamos fortemente ir de Catamarã. Além da economia de tempo, visto que o trajeto semi terrestre dura cerca de 4 horas, sem imprevistos, é muito mais tranquilo pegar apenas um transporte.
Aéreo
A opção mais salgada, mas também a mais rápida. Há opções de voos comerciais pela Azul para Valença, onde depois você poderá pegar uma lancha rápida, e os voos particulares direto para Morro de São Paulo. É possível fazer o trecho de táxi aéreo de helicóptero ou jatinho, ambos saindo do aeroporto de Salvador. Cada trecho custava entre R$ 300,00 e R$ 400,00 em 2021.
Outro custo que deve ser colocado no seu planejamento é a TUPA, a Tarifa por Uso do Patrimônio Histórico do Arquipélago. Ela custa R$ 20,00 por pessoa e é paga na entrada da ilha.
A próxima escolha a ser feita é a hospedagem! E já pode ir se alegrado porque em Morro você encontra opções para todos os gostos, juro!
Pousadas em Morro de São Paulo
Mais uma vez você estará repleto de opções! Morro possui todos os tipos de hospedagens, desde hostels até grandes hotéis. Primeiro vamos trazer nossa experiência em Morro e depois mais algumas indicações de hospedagens por lá.
Nós ficamos no Catavento Praia Hotel e a experiência foi fantástica! Como buscávamos um pouco mais de tranquilidade, mas com a possibilidade de ir até o centro sem dificuldades, optamos pelo primeiro hotel na quarta praia. O hotel fica na frente da praia e dá para acordar com o barulho das ondas.
A estrutura também é maravilhosa. Ficamos nos quartos logo na frente da praia, que são como pequenos chalés, lado a lado. Mais ao fundo fica o prédio com mais quartos com varandas. Há vários tamanhos de quarto disponíveis e o hotel é bem familiar.
O café da manhã foi sensacional, um dos melhores que já experimentamos! Super completo, fresquinho, com produtos regionais e mega bem servido. No local também são servidos pratos no almoço e jantar. Experimentamos uma moqueca e está fantástica.
A piscina é grande, bem cuidada e um dos diferenciais do hotel é que eles oferecem um transporte gratuito para a segunda praia. É só verificar os horários de ida e volta e, caso necessário, solicitar algum horário adicional.
O staff bem é solicito e disposto a ajudar, reservaram nosso passeio para Garapuá e nos ajudaram com tudo que precisamos. E o melhor, o valor para três diárias estava entre os melhores da ilha. Pagamos cerca de R$ 700,00 em 2021 por três diárias para duas pessoas num quarto amplo, com uma cama enorme!
Para quem procura opções mais pertinho do centro e das primeiras praias, a Pousada Bahia Tambor e Pousada Bahia Bacana são bem avaliadas no Booking. Se você quer economizar, o hostel Che Lagarto é bem famoso e possui quartos privativos ou compartilhados. A Pousada Ilha da Saudade é muito bem avaliada no Booking e possui vista maravilhosa para a primeira praia, pertinho de tudo!
Uma outra opção na quarta praia é o Patachocas. Assim como o Catavento, ele possui transporte para a segunda praia e uma estrutura bem completa. Você pode alugar bicicletas e caiaques para explorar as redondezas, ou ainda fazer mergulho com snorkel.
O que fazer em Morro de São Paulo
Ficamos 4 dias em Morro no mês de novembro, no aniversário de Nel, e foi o suficiente para conhecer os principais pontos turísticos. Se for possível, é interessante esticar um pouco a viagem para conhecer tudo com mais calma ou dar um pulinho nas outras ilhas da região.
Primeiro dia: conhecendo a região
Com a saída do Catamarã fixa às 09h00, chegamos em Morro por volta das 11h30. O transporte do Catavento Praia Hotel já nos aguardava no local especificado atrás da segunda praia. Chegando na pousada fomos logo pedindo o almoço! A comida é farta e deliciosa, além do preço justo para um local tão turístico quanto Morro.
As opções para duas pessoas custam entre R$ 80 e R$ 100 e arrisco dizer que servem até 4 pessoas. Depois do almoço seguimos em direção ao centrinho. Como a pousada fica na quarta praia, acabamos conhecendo a terceira, segunda e primeira no caminho.
A quarta praia é uma das mais isoladas. Apenas com os hotéis e sem muita estrutura de barracas. É ótimo para famílias ou para quem busca sossego. A terceira praia é o meio termo entre agitação e calmaria, e já possui alguns restaurantes.
A segunda praia tem a característica ilhazinha com coqueiros, onde é possível ir andando durante a maré baixa. Por fim, a primeira praia é a mais badalada. Infinitos restaurantes, bares, baladas e pousadas. Para quem gosta de curtir a noite toda é a opção ideal.
Seguimos em direção ao Mirante, em busca do pôr do Sol. A entrada do Mirante é gratuita e lá são vendidos os famosos drinks no cacau. Para quem quiser um pouco mais de conforto e sofisticação tem o bar Toca do Morcego, no meio da escada que vai em direção ao Mirante.
No final da grande subida de escadas encontramos o Farol. Um tanto abandonado, mas vale a pena a olhadinha. Ali no Mirante também tem a famosa tirolesa que desce até a primeira praia. Um pouco cansados dos degraus, fomos recompensados pela música ao vivo e um pôr do Sol extraordinário. A energia desse lugar é incrível!
Na janta optamos pelo Andina, considerado o melhor restaurante de Morro pelo Tripadvisor na época que fomos. A avaliação foi certeira! Porém, eles mudaram de Morro para Salvador, então não é possível degustar a gastronomia deles nessa viagem, mas sigo recomendando!
Os pratos são bem servidos, e ficamos tão satisfeitos que não conseguimos comer a sobremesa!
O atendimento também foi muito atencioso e gentil, seguindo todas as regras de distanciamento e higiene que este momento necessitava.
Segundo dia: Piscinas Naturais de Garapuá
No segundo dia fizemos o passeio para as piscinas naturais de Garapuá. A pousada reservou o passeio para nós com uma empresa que também faz o famoso passeio "Volta a Ilha". Esse é um passeio que dá a volta na Ilha de Tinharé, passando por Garapuá, Moreré, Boipeba e Rio do Inferno (onde é possível degustar no bar flutuante ostras e caranguejos retirados na hora do criatório).
Como já conhecíamos Boipeba optamos por fazer somente o passeio para Garapuá e passar o dia todo por lá. Custou R$ 90,00 por passageiro e fomos de 4x4, já começando o passeio de forma bem divertida. Ao chegar lá fomos direcionados para o barco que nos leva até as piscinas.
Um visual fantástico! Águas cristalinas e quentinha, peixinhos nadando com você. Lembre-se de olhar a tábua de marés para ter certeza que irá encontrar as piscinas!
Decidimos não levar a câmera no passeio e por isso não temos fotos desse lugar incrível!
Na volta ainda fizemos uma paradinha na Quinta Praia, também chamada de Praia do Encanto. É bem vazia e como a maré já estava alta não demoramos muito. Nessa noite tivemos mais uma grata surpresa gastronômica: o Canoa.
O restaurante do chef italiano nos impressionou do início ao fim, e superou todas as expectativas. O chef reservou uma mesa para nós na areia, à luz de velas. Nos indicou a entrada de burrata que foi simplesmente maravilhosa!
Pão artesanal e queijo fresquíssimo, extremamente refinado. O prato principal, massa fresca com frutos do mar, super bem servido e igualmente delicioso! Todo o atendimento foi atencioso e o lugar é aconchegante, longe da agitação da primeira e segunda praias do Morro.
Terceiro dia: Gamboa do Morro e Paredão de Argila
O terceiro dia foi com certeza o mais agitado para nós. Andamos muito e conhecemos tantos lugares incríveis que fica até difícil de listar. Depois de conferir a tábua de marés, partimos em direção ao famoso paredão de argila e Gamboa do Morro.
Minha mãe, que passou a juventude indo para Morro, me recomendou fortemente a visita até a Gamboa, um vilarejo tranquilo ao lado de Morro de São Paulo. O acesso pode ser feito de barco ou andando, mas é muito importante conferir a tábua de marés.
Como há pedras no caminho torna-se bem perigoso fazer o percurso com a maré cheia. Por isso, decidimos ir a pé no horário da maré mais baixa e retornar de barco, sem preocupação com horário. A passagem de barco é bem baratinha, cerca de R$ 5,00 por pessoa, e o trajeto é bem rapidinho.
Para ir a pé, você pode sair do cais e seguir direto pela areia, ou ir por um trecho por dentro da cidade. Optamos pela segunda opção, para já ir conhecendo um pouco mais da região. Bem na praça principal da cidade, siga pela Rua da Fonte até a Fonte Grande.
Perto da Fonte você encontrará outras placas indicando a Gamboa. A trilha é bem simples e passa por lindas paisagens. Chegando a praia e caminhando mais um pouco você vai encontrar o paredão de argila.
Segundo os moradores a argila é rejuvenescedora, então tomamos logo um banho dela! A argila é bem rosinha e deixa a pele bem macia. Amamos! Seguindo mais um pouco chegamos nas primeiras barracas da praia da Gamboa. Por lá você vai encontrar uma ótima estrutura: várias barracas com diversas atividades e um centrinho bem estruturado.
Depois de toda essa caminhada voltamos para a pousada, mas só para tomar banho e partir para uma nova aventura. Fomos com o transporte da pousada até a segunda praia e de lá fomos conhecer a Fortaleza de Tapirandú e apreciar com mais calma a entrada de Morro de São Paulo, a qual tem um portal belíssimo.
Por fim, decidimos jantar no Café do Morro, na descida para a primeira praia. Mais uma surpresa gastronômica nos aguardava! O lugar é uma gracinha! Música ao vivo e um cardápio diferenciado com lanches romenos.
Nel pediu o hambúrguer Drácula: grande, saboroso, carne suculenta e a porção de fritas estava super crocante e sequinha. Pedi o sanduíche Cinderela, e não tenho nem palavras para descrever, delicioso! Aproveitamos para tomar um drink, também super bem preparado.
Quarto dia: Curtimos a quarta praia antes de partir
O dia da partida é sempre tão difícil! Já acordamos com saudades. O horário do catamarã estava marcado para às 11h30, então acordamos cedinho para aproveitar a quarta praia, na frente do hotel, antes de partir. Pegamos a maré bem vazia, com água cristalina e quentinha. Esperamos voltar em breve para Morro! É um lugar que tem muito a ser descoberto, principalmente fora dos roteiros mais convencionais.
Caso você tenha mais dias disponíveis, segue um roteiro de Morro de São Paulo para sete dias:
Roteiro de Morro de São Paulo em 7 dias:
Dicas importantes para a sua viagem
Além de planejar o transporte, hospedagem e passeios, não deixe de se atentar à tábua de maré na hora de viajar para Morro de São Paulo. A maioria dos destinos de praias são muito influenciados pela maré, e alguns passeios podem inclusive ser inviabilizados na maré alta.
As piscinas naturais, como a de Garapuá, por exemplo, só existem na maré baixa. Além disso, alguns trechos como a travessia de Morro para a Gamboa tornam-se até mesmo perigosos na maré alta.
Uma outra dica é olhar para o céu à noite! Uma das coisas que Nel mais gostou em Morro, e eu também, foram as nossas caminhadas à noite nas praias vazias, só com a luz da lua. Como a maré estava bem baixa depois do horário da janta, escolhemos retornar para o hotel todos os dias caminhando pela praia. Uma experiência apaixonante.
A gastronomia em Morro de São Paulo também surpreende e encanta! Os restaurantes que visitamos fugiram totalmente do padrão de praia e superaram, inclusive, grandes restaurantes aqui de Salvador. Vale muito a pena tirar pelo menos uma noite para aproveitar com calma uma dessas opções. Sempre escolhemos os restaurantes que vamos nas viagens usando o Tripadvisor.
Por fim, não deixe de contratar um seguro viagem, seja o seu destino nacional ou internacional! Ele garante que sua viagem ocorra com tranquilidade e segurança, ajudando nos mais diversos imprevistos. E o nosso sempre fazemos pela Real Seguro Viagem!