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Por Emilly Chagas • Real Seguro Viagem em 06/11/24 às 10:11.

Viagem com Doenças Crônicas: quais os desafios e dicas para superá-los!

Sonhar com uma viagem inesquecível, com paisagens deslumbrantes e novas culturas, é um desejo universal. Mas, para aqueles que convivem com doenças crônicas, essa aventura pode parecer distante e desafiadora. 

No entanto, com planejamento, cuidados e a atitude certa, é possível transformar esse sonho em realidade. 

Neste artigo, vamos desmistificar os desafios de viajar com doenças crônicas e te oferecer dicas práticas para que você possa explorar o mundo com segurança e tranquilidade.

Quais os cuidados com a medicação? Como lidar com as mudanças de rotina? Saiba tudo isso e muito mais!

Murilo Ciciliato possui imunodeficiência comum variável e ama viajar! Veja o relato sobre como ele está se preparando para sua pós-graduação em Malta (Fonte: Arquivo Pessoal)


Quais as doenças que são consideradas crônicas?

As doenças crônicas são aquelas de longa duração, com progressão lenta e que, na maioria das vezes, não possuem cura. Elas afetam significativamente a qualidade de vida das pessoas e representam um grande desafio para quem a possuem. 

Geralmente exigem medicação permanente, e algumas doenças crônicas são classificadas como não graves e outras como muito graves. 

As causas podem ser genéticas, ambientais, comportamentais ou uma combinação desses fatores, por isso, incluem uma diversidade de doenças, como:


É importante ressaltar que esta lista não é exaustiva e que existem muitas outras doenças crônicas que podem afetar as pessoas. A diversidade de doenças crônicas e suas manifestações individuais fazem com que cada caso seja único e exija um cuidado personalizado.

As doenças crônicas são um grande desafio para quem as possui, mas com as medidas preventivas adequadas e um acompanhamento médico regular, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida

Por isso, com o planejamento adequado e os cuidados necessários, é possível viajar com segurança e aproveitar cada momento, mesmo com uma doença crônica.

Hoje também vamos explorar dicas práticas para planejar sua viagem, como escolher o destino ideal, como lidar com a medicação durante a viagem e como encontrar um seguro viagem adequado para suas necessidades.

Você não está sozinho nessa jornada! Com o apoio de profissionais de saúde e com o planejamento certo, é possível realizar seus sonhos e explorar o mundo.

Desafios de viajar com doenças crônicas

Viajar é uma experiência enriquecedora para todos! Você conhece novos locais, novas culturas, novos gostos e perspectivas de vida.

Acreditamos que todos podem e devem viajar, e que com o planejamento e cuidados necessários é possível tornar real o sonho de conhecer o Brasil e o mundo. Atualmente, a pauta do turismo inclusivo tem ajudado a trazer à tona as necessidades e particularidades de diversos grupos de viajantes, como os autistas, portadores de deficiências e também quem possui alguma doença crônica.

Caso você possua alguma doença crônica, saiba que você vai encontrar alguns desafios na sua jornada. Mas com planejamento e cuidados especiais é possível superá-los. 

Alguns desses desafios são a própria mudança no ambiente, alimentação, rotina, acesso aos medicamentos e tratamentos e até mesmo a pressão atmosférica, que pode influenciar a saúde dessas pessoas e trazer desafios durante a jornada.

Os deslocamentos, especialmente os aéreos, podem apresentar riscos para pessoas com doenças crônicas. A altitude em que os aviões voam e a consequente redução da pressão atmosférica podem afetar pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares. Além disso, as mudanças na alimentação, no ritmo de sono e na atividade física podem descompensar doenças pré-existentes.

A exposição a diferentes patógenos em locais exóticos aumenta o risco de adquirir doenças infecciosas. No entanto, a suscetibilidade a essas doenças varia de pessoa para pessoa e depende de fatores como o sistema imunológico e a adesão às medidas preventivas. A vacinação e o uso de medicamentos preventivos, quando indicados, são ferramentas importantes para reduzir esse risco.

Vale lembrar que viajando ou não, todos sempre enfrentamos os mais diversos tipos de desafios. Então, mesmo que você escolha ficar em casa, também precisará cuidar da sua saúde e ter atenção aos diversos fatores que podem desencadear uma crise. 

Que tal se você escolher um desafio diferente para viver? 

Quem tem doenças crônicas pode viajar de avião?

Sim, pessoas com doenças crônicas podem viajar de avião, mas é fundamental que alguns cuidados sejam tomados para garantir uma viagem segura e confortável.

A possibilidade de viajar de avião para pessoas com doenças crônicas depende de diversos fatores como o tipo e gravidade da doença. Geralmente, as pessoas com insuficiência cardíaca grave, doenças pulmonares obstrutivas crônicas severas e condições que causam instabilidade hemodinâmica que podem apresentar maiores riscos durante o voo.

É fundamental que a doença esteja controlada e que o paciente esteja em um período de estabilidade clínica. Por isso, a avaliação médica pré-viagem é indispensável para identificar possíveis riscos e orientar sobre os cuidados necessários durante o voo.

Então, caso você possua alguma doença crônica e deseje viajar de avião, o primeiro passo é entender com seu médico se a altitude, a pressão atmosférica e a umidade dentro da aeronave podem influenciar negativamente a sua saúde.

Sabendo disso, é possível pensar em alternativas para diminuir os riscos. Em vários casos é possível  informar a companhia aérea sobre sua condição de saúde com antecedência e solicitar qualquer assistência especial que possa ser necessária, como embarque prioritário ou assento com mais espaço para as pernas.

Caso a viagem seja possível, não deixe de pegar todas as recomendações possíveis com seu médico, além de providenciar as receitas e medicamentos necessários para sua viagem.

Lembre-se que a possibilidade de viajar de avião para pessoas com doenças crônicas é individual e depende de cada caso. Com um planejamento adequado, acompanhamento médico e os cuidados necessários, a maioria das pessoas com doenças crônicas pode realizar seus sonhos de viajar.

É fundamental lembrar que a segurança deve sempre ser a prioridade. Caso seja realmente inviável viajar de avião, opte por destinos onde é possível fazer os deslocamentos por via terrestre ou marítima. 

Dicas para viajar com doenças crônicas

Viajar com uma doença crônica exige planejamento e organização, mas é totalmente possível e pode ser uma experiência incrível. Seguindo algumas dicas, você pode garantir uma viagem segura e confortável.

Planejamento Pré-Viagem

Vamos fazer um check-list de tudo que você precisa resolver antes da sua viagem?

Consulta médica

Antes de qualquer viagem, consulte seu médico para avaliar sua condição de saúde e obter orientações específicas. Faça um check-up para garantir que você está em condições de saúde para viajar.

Ele poderá te ajudar a identificar possíveis riscos e fornecer um relatório médico detalhado. 

Analise com seu médico todas as prováveis complicações, desde os deslocamentos (ônibus, carro, avião, barco), nos passeios e atividades, hospedagens, alimentação e demais.

As mudanças na alimentação, na atividade física, na altitude, na temperatura e no fuso horário podem descompensar doenças pré-existentes, por isso, entenda com seu médico formas de estabilizar o seu quadro, caso seja necessário. 

Sobre o relatório e todas as suas receitas, leve-os devidamente assinados, não só em português, mas também em inglês e na língua local, assim você facilitará a comunicação. Relate não somente a sua doença, mas também quaisquer alergias e intolerâncias a que esteja sujeito.

Nas receitas, peça ao seu médico para mencionar o princípio ativo em vez dos nomes de marca, para que sejam facilmente entendíveis em todo o mundo.

As viagens devem ser programadas durante um período de estabilidade da doença. É desaconselhável viajar logo após o início ou troca do medicamento, pelo risco de intolerância aos medicamentos e pela necessidade de avaliação médica frequente. 

Se você vai fazer uma longa viagem, peça ao seu médico uma receita médica que cubra toda a duração da sua estadia. 

Pesquisa sobre o destino

Informe-se sobre a qualidade da assistência médica no local de destino, a disponibilidade de medicamentos e a existência de hospitais ou clínicas que atendam sua condição, assim como a cobertura do seguro viagem nesse destino.

Entenda a fundo como funciona a saúde e os atendimentos médicos no seu local de destino! Investigue também se há doenças em surto no destino, ou outras informações de saúde que podem ser importantes para você!

Essa é uma das partes mais importantes da viagem, afinal, existem infinitas possibilidades de destinos para você escolher, e muitos podem te receber de forma mais adequada e trazer menos desafios, principalmente se são suas primeiras viagens internacionais com uma doença crônica.

Alguns destinos possuem, inclusive, um Acordo de Seguridade Social com o governo brasileiro que garante atendimento de brasileiros no sistema público de saúde desses países, como é o caso da Itália, Portugal e Cabo Verde. A autorização para utilizar esses sistemas de saúde é feita através do PB4 (também conhecido como CDAM) para Portugal e Cabo Verde, e através do IB2 para Itália.

Com o destino escolhido, verifique também a melhor época, quando é alta temporada, previsão do tempo e outras informações que podem te ajudar a escolher a data ideal para sua viagem.

Caso se sinta mais confortável, alguns destinos oferecem agências de turismo especializadas para pessoas com doenças crônicas. Não é tão comum e pode encarecer sua viagem, mas também trará facilidades! De qualquer forma, contar com uma agência, mesmo que não seja especializada, pode te fornecer uma ajuda extra e informações detalhadas sobre os roteiros e destinos.

Seguro de viagem

Contrate um seguro de viagem que cubra as despesas médicas e hospitalares considerando a sua doença pré-existente, além de outros imprevistos que possam ocorrer. Teremos um tópico mais adiante específico sobre o seguro viagem!

Checklist de medicamentos

Faça uma lista completa de todos os medicamentos que você utiliza, incluindo a dosagem e a frequência. Se possível, leve uma quantidade suficiente para toda a viagem, além de uma reserva para imprevistos. 

Caso você vá passar um período muito longo, investigue como funciona a compra desse medicamento, principalmente para viagens no exterior, ou se há a possibilidade de enviar o medicamento do Brasil. Não se esqueça de levar as receitas médicas originais e traduzidas!

Para o transporte de medicamentos, não deixe de levar uma quantidade significativa na sua bagagem de mão junto com as receitas médicas para evitar problemas como extravio de bagagem. Consulte as regras da companhia aérea para não ter problemas.

Além dos remédios específicos para sua doença, consulte seu médico para montar uma farmacinha de emergência com medicamentos para tratar possíveis problemas comuns em viagens como dor de cabeça, febre, diarreia e alergias.

Documentação

Mantenha todos os documentos importantes em um lugar seguro, como passaporte, visto, carteirinha de saúde, seguro de viagem e contatos de emergência, como os telefones das embaixadas e consulados brasileiros pelo mundo. Tenha cópias físicas e digitais para assegurar que você terá sempre todos documentos em mãos.

Adaptações e equipamentos

Se precisar de algum equipamento médico específico, como cadeira de rodas ou nebulizador, entre em contato com a companhia aérea e o hotel com antecedência para solicitar as adaptações necessárias.

Verifique se você precisará de adaptadores de tomada para seus equipamentos eletrônicos, assim como a voltagem e outras possíveis diferenças com o Brasil.

Comunicação

Informe sua família e amigos sobre seu itinerário e mantenha contato regular. Se possível, também deixe seu médico avisado caso haja alguma dúvida durante a viagem.

Garanta conexão com a internet e também que você possa receber SMS do Brasil, já que existem aplicativos que só funcionam com códigos de segurança recebidos via SMS.

Durante a Viagem

Chegou a hora de embarcar! Com sua bagagem e documentação pronta, é hora de relaxar e aproveitar. Com alguns cuidados básicos você poderá curtir a sua viagem ainda mais tranquilo:

Após a Viagem

Deu tudo certo!

Você conseguiu e aproveitou muito a sua viagem. Agora chegou a hora de voltar para casa e ver as suas lembranças… mas não se esqueça de:

Caso você deseje fazer uma viagem mais longa, seja para estudar, morar ou simplesmente viver fora do país por um tempo, talvez esteja se perguntando como garantir acesso às suas medicações enquanto estiver no exterior.

O Murilo Ciciliato tem imunodeficiência comum variável e ama viajar! Agora ele está enfrentando um novo desafio: vai iniciar um MBA no exterior!. Ele pesquisou muito e descobrir formas de tornar o sonho dele real, e ainda compilou várias informações que descobrir no seu ebook “Como sair do Brasil com doença crônica?” que faz parte do seu projeto “Tratamento lá fora”.

Você pode baixar gratuitamente o ebook através desse link para descobrir quais as opções para continuar seu tratamento no exterior caso você possua uma doença crônica.

Agora, acompanhe dicas para viajar com 3 doenças crônicas que são bem comuns: a asma, diabetes e pressão alta!

Dicas para viajar com asma

Estima-se que 23,2% da população brasileira viva com asma, uma doença que afeta todas as idades. Ela é identificada como uma doença crônica não transmissível inflamatória das vias aéreas ou brônquios, e a intensidade e frequência das crises variam de pessoa para pessoa.

Viajar com asma exige um planejamento cuidadoso, mas é totalmente possível e pode ser uma experiência incrível! Conhecendo os desafios que a doença pode apresentar durante uma viagem e se preparando você pode embarcar nas mais diferentes aventuras! É importante ter atenção a:

Para viajar tranquilo com asma:

Dicas para viajar com diabetes

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população nacional. Os tipos mais comuns de diabetes mellitus são o tipo 1 e tipo 2, e os tratamentos vão desde injeções diárias de insulina, até o uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida, a depender da gravidade e estabilização da doença.

Viajar com diabetes exige um planejamento cuidadoso, mas não precisa ser um obstáculo para explorar o mundo. Com as devidas precauções, você pode desfrutar de suas férias enquanto cuida da sua saúde. Na viagem, atente-se a:

Para lidar com esses desafios e ter uma viagem tranquila, não deixe de:

Dicas para viajar com pressão alta

A hipertensão arterial continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que dos adultos entre 30 e 79 anos 45% são afetados pela doença no Brasil, isto é, 50,7 milhões de pessoas. Desse total, 62% possuem o diagnóstico, mas apenas 33% estão com a pressão controlada.

Assim como as outras doenças crônicas, caso você possua o diagnóstico e deseje viajar, o primeiro passo é estabilizar o seu quadro. Com essa tarefa feita, você precisa entender quais os principais desafios que hipertensos podem passar em viagens:

Sabendo deles, podemos planejar a sua viagem e torná-la Real! Siga as dicas:

Como funciona o seguro viagem para doenças crônicas ou doenças pré-existentes?

O seguro viagem para doenças crônicas ou doenças pré-existentes funciona de forma semelhante ao seguro viagem convencional, mas com algumas particularidades.

Em geral, os seguros viagem para doenças pré-existentes oferecem cobertura para despesas médicas e hospitalares relacionadas à doença pré-existente, desde que a doença esteja sob controle e o viajante esteja tomando os medicamentos prescritos.

É importante ressaltar que nem todos os seguros viagem cobrem doenças pré-existentes. Alguns seguros podem ter restrições ou exigir a declaração prévia da doença pré-existente. Portanto, é fundamental ler atentamente as condições do seguro antes de contratá-lo.

Além disso, é importante lembrar que o seguro viagem para doenças pré-existentes pode ter um custo mais elevado do que o seguro viagem convencional. Isso se deve ao maior risco de o viajante precisar de assistência médica durante a viagem.

Se você tem uma doença crônica ou pré-existente e está planejando uma viagem, é importante pesquisar e comparar diferentes opções de seguro viagem para encontrar a melhor cobertura para suas necessidades.

História Real: Relato de um viajante com doença crônica

Eu, Murilo, estou passando justamente por todo esse processo de descobrir como faria para viajar com doença crônica sem afetar a minha saúde. No meu caso, estamos falando especificamente de imunodeficiência, mas o processo que estou passando e o que já passei, é muito similar ao de qualquer outra doença, principalmente porque exige um esforço em considerar e estressar diversas opções!

Já em outubro, vou iniciar uma pós-graduação na Europa, em Malta. Não preciso nem dizer que quando falei dessa ideia para o meu médico, ele já fez uma cara e perguntou o óbvio: “E o seu tratamento, como fica?”. Eu preciso fazer mensalmente uma infusão e tinha que achar uma forma de garantir que isso continuasse acontecendo durante um ano fora do Brasil. É aqui que a saga começa.

Minha primeira ideia foi olhar para o meu próprio plano de saúde. Rapidamente já percebi que ele não tinha cobertura na Europa, então bora pra próxima opção.

E contratar um seguro viagem ou um plano de saúde internacional? Fiz uma vasta busca por seguros e planos usando o meu conhecimento de inglês. Encontrei algumas poucas opções que tinham cobertura para condições pré-existentes, mas os preços eram consideravelmente altos - chegavam a 700 euros por mês para que eu tivesse a cobertura antes de 1 ano, ou mais, de carência. Nessa hora o desespero bateu, mas calma. Se eu quero ir, tem que fazer esforço.

Levar o medicamento daqui pareceu uma boa ideia, mas aí entra uma condição específica da minha doença. O medicamento que uso é de alto custo e precisa de armazenamento a baixas temperaturas, então o problema logístico ficou pelo caminho.

Talvez desse para alguma empresa mandar o remédio daqui do Brasil lá pra Malta, eu pensei. E de fato, existem empresas que prestam esse serviço, mas o custo é alto e é praticamente impossível achar alguma transportadora que arque com o risco de não deixarem o medicamento entrar no país. Ainda assim, segui vendo os valores e deixando esse “plano B” engatilhado.

Eis que então um esforço anterior gera resultado. Desde o começo desse processo, eu estava tentando contato com algum médico imunologista em Malta para me ajudar. E com o apoio da associação de pacientes da qual faço parte, a “Eu Luto pela Imuno Brasil”, eu consegui.

Foram meses trocando e-mails para explicar a minha atual situação, o porquê de ir pra Malta, o tratamento que eu faço, o meu histórico com imunodeficiência, mas esse contato rendeu frutos. Foi através desse contato e das buscas paralelas que eu fiz, que descobri que Malta disponibiliza alguns medicamentos para a população que sofre com condições crônicas. Como a minha doença estava nesse rol, era uma questão de obter os pré-requisitos para usufruir desse benefício e pronto, poderia continuar meu tratamento lá.

Agora eu estou justamente nessa fase. Já levantei tudo que eu podia de documentação com o meu médico aqui do Brasil, mas só quando chegar na Europa que eu poderei enfim juntar todos os outros pontos burocráticos.

Essa história ainda não acaba com o final perfeito, em que tudo termina bem. Mas eu tenho certeza de que o tempo que investi para encontrar uma solução para essa dificuldade vai me render bons frutos quando essa nova jornada efetivamente começar, em poucas semanas.

No fim das contas, as restrições que as condições crônicas impõem são severas. Pensei repetidamente que seria impossível fazer essa viagem e ficar fora do país por um ano. Agora eu penso diferente, eu tenho certeza de que dará certo, pois esgotei ao máximo todas as possibilidades e criei a segurança de que eu precisava para dar esse passo arriscado. Não deixe a sua condição parar os seus sonhos! 

E se quiser saber mais sobre como é a jornada de viajar com doença crônica, me acompanhe nas redes sociais onde comecei a compartilhar um pouco do meu dia a dia com imunodeficiência.

Murilo e sua namorada em El Calafate, na Argentina (Fonte: Arquivo Pessoal)


Viajar com uma doença crônica pode parecer desafiador, mas com planejamento, organização e a atitude certa, é possível realizar seus sonhos e explorar o mundo. A chave está em se informar, buscar ajuda médica e adaptar a sua rotina à nova realidade.

Lembre-se que você não está sozinho nessa jornada! Existem comunidades online e grupos de apoio que podem te ajudar a encontrar informações, trocar experiências e se conectar com outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios.

Não deixe que a sua doença limite seus sonhos. Com determinação e apoio, você pode viver uma vida plena e realizar todas as suas aventuras.

E você, qual destino você gostaria de conhecer? Compartilhe sua experiência com a Real!