O que fazer na Humgria: guia de viagem com roteiro!
A Hungria é um país que desperta a curiosidade de muitos viajantes, principalmente por sua localização estratégica no centro da Europa e pela fama de sua capital, Budapeste. Mas afinal, o que fazer na Hungria? Vale a pena explorar além da capital? Qual a melhor época para ir? E o que é realmente imperdível nesse destino?
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Neste guia completo, respondo todas essas perguntas logo de início para te ajudar a planejar melhor sua viagem. Budapeste é, sim, um ponto de partida incrível, mas há muito mais a descobrir: cidades históricas, vinícolas premiadas, spas naturais e tradições que contam a história de um povo resiliente.
Sem contar que a Hungria também surpreende no inverno, com atividades específicas para quem viaja nos meses frios, incluindo mercados de Natal e banhos termais ao ar livre. Outro ponto que muitos esquecem: a Hungria é um dos países do Espaço Schengen, o que significa que o seguro viagem é obrigatório para quem vem do Brasil. Mais adiante, explico tudo sobre esse tema, inclusive como contratar.
Mas antes de entrar no roteiro detalhado, que tal algumas curiosidades? A Hungria é um dos países que mais produzem vinho na Europa, tem uma língua completamente única (sem parentesco direto com outras línguas europeias), e foi pioneira em diversas inovações, como a criação do cubo mágico.
Com esse pano de fundo, fica mais fácil entender por que o país é tão interessante. Agora sim, vamos ao que interessa: o que fazer na Hungria e como aproveitar cada canto deste destino pouco explorado!
O que fazer na Hungria: principais atrações em Budapeste
Budapeste é o ponto de partida natural para qualquer viagem à Hungria. A cidade é cortada pelo rio Danúbio, dividindo as áreas de Buda e Peste. Começar pela região de Buda é uma boa forma de entender o passado da cidade. Confira no mapa acima!
O Castelo de Buda é uma visita obrigatória: além do valor histórico, ele abriga museus importantes como a Galeria Nacional Húngara. Caminhar pelas ruas do bairro do castelo revela construções medievais preservadas e uma vista ampla da cidade.
Na região de Peste, o Parlamento Húngaro impressiona pelo tamanho e arquitetura. Eu sempre recomendo uma visita guiada, porque ajuda a entender melhor a importância do prédio e sua relação com a história da Hungria. Outra parada que considero importante é a Basílica de Santo Estêvão. Subir até o mirante rende uma ótima vista e vale o esforço.
Ainda em Budapeste, não dá para ignorar a cultura dos banhos termais. As Termas Széchenyi e Gellért são as mais conhecidas. São estruturas grandes, com piscinas internas e externas, funcionando o ano todo. A cidade também é ideal para quem gosta de mercados e experiências gastronômicas urbanas: o Mercado Central oferece uma boa amostra da culinária húngara.
O que fazer na Hungria além de Budapeste
Muita gente se limita à capital, mas o interior da Hungria guarda cidades interessantes. Gödöllő, por exemplo, tem o Palácio de Gödöllő, antiga residência de verão da imperatriz Sissi. Fica a menos de uma hora de trem de Budapeste e é uma excelente opção para um bate-volta.
Outra cidade que recomendo é Eger, famosa pelos seus vinhos e por um castelo com importância militar histórica. O centro antigo de Eger é compacto, com ruas de paralelepípedo e igrejas barrocas. Ali perto fica o Vale das Mulheres Bonitas (Szépasszony-völgy), conhecido pelas caves de vinho.
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No oeste do país, Pécs é uma cidade universitária com forte presença cultural. A Catedral de Pécs e o Museu Zsolnay são bons exemplos da diversidade artística e arquitetônica da cidade. Ainda nessa região, o Lago Balaton é o maior lago da Europa Central. É bastante visitado no verão, mas pode ser incluído no roteiro mesmo fora da alta temporada por causa das trilhas e vilarejos próximos.
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O que fazer na Hungria no inverno?
O inverno húngaro costuma ser rigoroso, com temperaturas próximas de 0 ºC ou abaixo disso. Ainda assim, há muito o que fazer nesse período. Budapeste ganha iluminação especial e diversos mercados de Natal são montados, como o da Basílica de Santo Estêvão. Essas feiras oferecem comidas típicas, bebidas quentes e artigos artesanais.
Para quem quer esquiar, o país não tem grandes montanhas como os Alpes, mas há estações menores, como Mátraszentistván. São áreas bem equipadas para iniciantes e acessíveis a partir de Budapeste. Já para quem prefere um programa mais relaxante, os banhos termais se tornam ainda mais atrativos no inverno. Estar em uma piscina quente ao ar livre enquanto neva é uma experiência típica.
Além disso, o inverno é propício para conhecer o lado mais introspectivo da cultura local. Muitos museus, concertos e apresentações teatrais continuam com programação ativa. Quando o assunto é o que fazer na Hungria, os cafés históricos de Budapeste também se tornam bons refúgios para dias frios, oferecendo opções para todos os gostos.
Cultura, gastronomia e tradições da Hungria
A cultura húngara tem raízes fortes em tradições que combinam influências do Império Austro-Húngaro, do leste europeu e de heranças locais. A música folclórica ainda é bastante presente, especialmente em festivais no interior. Há também danças típicas e o uso de trajes tradicionais em celebrações sazonais.
Na gastronomia, o prato mais conhecido é o goulash (gulyás), uma sopa espessa de carne com batatas, cenoura e páprica. Outros pratos comuns incluem o lángos (massa frita com coberturas variadas) e o pörkölt (um tipo de ensopado de carne). Restaurantes típicos e feiras gastronômicas costumam oferecer versões autênticas.
Entre as bebidas, o destaque vai para os vinhos da região de Tokaj, uma das mais antigas áreas vinícolas do mundo. O vinho Tokaji Aszú é um vinho de sobremesa muito valorizado. Outra bebida tradicional é a pálinka, um destilado forte feito de frutas. A produção artesanal ainda é comum, especialmente em zonas rurais.
Qual a melhor época para visitar a Hungria?
A escolha da época depende do objetivo da viagem. A primavera (abril a junho) e o outono (setembro e outubro) são períodos com clima ameno e boa oferta cultural. Essas estações são ideais para explorar a cidade a pé e visitar atrações ao ar livre, com menos turistas que no verão.
O verão (junho a agosto) atrai mais visitantes, especialmente por causa de festivais como o Sziget, um dos maiores eventos de música da Europa. Nessa época, o Lago Balaton se torna um dos principais destinos internos do país, funcionando como uma espécie de litoral para os húngaros.
Já o inverno (novembro a fevereiro) tem temperaturas mais baixas, mas também preços reduzidos e menos filas nos pontos turísticos. Para quem gosta de clima frio, é uma boa oportunidade para experimentar os banhos termais e os mercados de Natal. Cada estação oferece uma experiência diferente.
Como se locomover pela Hungria
Viajar pela Hungria é relativamente simples. O sistema ferroviário cobre bem as principais cidades e é operado pela MÁV (ferrovias estatais). Trens regionais e intermunicipais funcionam com regularidade e são opções viáveis para quem não pretende alugar carro. As passagens podem ser compradas online com antecedência.
Para quem busca mais autonomia, o aluguel de carro é indicado, especialmente se o plano incluir cidades menores ou regiões vinícolas. As estradas são boas e sinalizadas, mas algumas rodovias exigem pagamento de pedágio por meio de um selo eletrônico (matrica).
Ônibus também são uma opção econômica e atingem áreas não cobertas pelos trens. Dentro de Budapeste, o transporte público é eficiente, com metrô, ônibus, bondes e trens suburbanos. Cartões de transporte diário ou semanal ajudam a economizar e facilitam o deslocamento.
Roteiro completo: 7, 10 e 15 dias na Hungria
Para quem tem apenas uma semana, a melhor estratégia é focar em Budapeste e em algumas cidades próximas, acessíveis por trem ou ônibus.
- Dia 1 a 3 – Budapeste: A capital concentra boa parte do patrimônio histórico e cultural do país. Visite o Parlamento Húngaro, o Castelo de Buda, as Termas Széchenyi e a Ponte das Correntes. Reserve tempo para experimentar a culinária local nos mercados e restaurantes tradicionais.
- Dia 4 – Szentendre: A pequena cidade artística nas margens do Danúbio está a apenas 40 minutos de trem de Budapeste. Conhecida por seus museus e galerias, Szentendre também oferece lojinhas de artesanato e ruas de paralelepípedo para caminhadas.
- Dia 5 – Esztergom: Berço do cristianismo na Hungria, abriga a maior basílica do país e uma vista panorâmica do Danúbio. Pode ser visitada em um bate-volta de trem ou carro.
- Dia 6 e 7 – Eger: Cidade famosa por seu castelo, vinhos tintos e banhos termais. Uma ótima pedida para fechar o roteiro com história e relaxamento.
Roteiro de 10 dias na Hungria
Com três dias a mais, dá para incluir o Lago Balaton e cidades da região central.
- Dia 8 – Tihany: Vila charmosa às margens do Lago Balaton, com abadias, trilhas e mercados locais.
- Dia 9 – Balatonfüred: Estância de veraneio com infraestrutura turística e passeios de barco pelo lago.
- Dia 10 – Retorno a Budapeste com paradas em vilarejos: No retorno, aproveite para visitar locais como Veszprém ou Herend, famosa pela porcelana.
Roteiro de 15 dias na Hungria
Duas semanas permitem um mergulho mais profundo, incluindo o sul e o norte do país.
- Dia 11 – Pécs: Cidade multicultural com ruínas romanas, mesquitas e igrejas.
- Dia 12 – Villány: Região vinícola próxima a Pécs, ideal para degustação de vinhos e visitas a vinícolas familiares.
- Dia 13 – Hortobágy: O maior parque nacional da Hungria, onde é possível conhecer as tradições pastoris da Puszta.
- Dia 14 – Debrecen: Segunda maior cidade do país, com vida cultural intensa e museus importantes.
- Dia 15 – Retorno a Budapeste com parada em Gödöllő: A cidade abriga o Palácio Grassalkovich, antiga residência de verão da imperatriz Sissi.
Lembre-se que esse roteiro é flexível e pode ser ajustado conforme os interesses de cada viajante. As cidades são conectadas por transporte público eficiente, mas quem optar por alugar um carro terá mais liberdade para explorar vilarejos menores e paisagens rurais ao longo do caminho.
Documentação e seguro viagem obrigatório
Brasileiros não precisam de visto para estadias de até 90 dias na Hungria, que integra o Espaço Schengen. No entanto, é obrigatório apresentar um seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros, conforme exigido pelo tratado.
É importante também se atentar ao ETIAS, o sistema europeu de autorização de viagem que entrará em vigor em breve.
A autorização deverá ser solicitada antes da viagem e será válida por três anos ou até o vencimento do passaporte.
Recomendo sempre contratar o seguro viagem com antecedência e guardar a apólice impressa e digital. Além de ser uma exigência legal, o seguro cobre despesas médicas, extravio de bagagem e outras eventualidades comuns em viagens internacionais.
Tudo pronto para sua viagem à Hungria?
Explorar a Hungria é uma experiência que vai muito além da visita a Budapeste. O país oferece roteiros ricos em cultura, história e paisagens. Seja qual for a época do ano, há sempre algo interessante para ver e fazer.
Mas não se esqueça de cuidar da parte prática da viagem: o seguro viagem é obrigatório e pode fazer toda a diferença em caso de imprevistos.
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